ANS DEFINE AGENDA REGULATÓRIA PARA O PERÍODO 2023-2025

Nova proposta está dividida em três seções: Temas Regulatórios; Agenda de Avaliação de Resultado Regulatório (ARR) e desenvolvimento de estudos preliminares A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) definiu a nova Agenda Regulatória para o triênio 2023-2025, estabelecendo os temas prioritários que serão analisados no período. Os assuntos estão divididos em três seções: a de Temas Regulatórios; a Agenda de Avaliação de Resultado Regulatório (ARR) e a seção dedicada ao desenvolvimento de estudos preliminares. A Agenda Regulatória é um importante instrumento de planejamento regulatório que orienta a atuação da Agência e estabelece os assuntos prioritários a serem tratados pela instituição em determinado período. Seu propósito é criar um cronograma para análise dos temas relacionados às problemáticas da regulação em saúde suplementar, de forma a garantir maior transparência e previsibilidade na atuação regulatória, possibilitando à sociedade o acompanhamento dos compromissos preestabelecidos pela reguladora. “A Agenda Regulatória 2023-2025 proposta pela ANS tem como foco ações e esforços que garantam a sustentabilidade do setor. Para isso, fizemos um esforço coletivo, entre a agência e a sociedade. O consumidor participou do processo, podendo opinar sobre a escolha dos temas ou mesmo sugerir um novo assunto para ser incluído. A ampla participação social na construção da Agenda Regulatória garantiu que todas as partes interessadas pudessem colaborar com a pauta estratégica da Agência, tornando o instrumento ainda mais efetivo”, declarou o diretor-presidente da ANS, Paulo Rebello.A etapa inicial da quinta edição da Agenda Regulatória foi a Tomada Pública de Subsídios (TPS), realizada pela ANS, com o objetivo de obter contribuições e sugestões da sociedade para a definição da Agenda. Em seguida, a Agência realizou a Audiência Pública 26, que deu sequência às discussões que subsidiaram a construção do instrumento. Na ocasião, o evento foi realizado de forma remota, e ainda pode ser visto na íntegra no canal da ANS no YouTube.Os assuntos receberam importantes contribuições de representantes de variados segmentos da sociedade, como Idec, Conselho Nacional de Saúde, Abramge, Unidas, FenaSaúde, Anahp, Federação das Unimeds de Minas Gerais, operadoras, associações médicas, sindicatos, dentre outros.“A edição final do instrumento apresenta maior clareza na resolução de problemas acumulados no setor de saúde suplementar, com uma macroestrutura para melhor informar a sociedade”, avaliou Paulo Rebello.Confira agora as seções e temas definidos para o próximo triênio.Agenda Regulatória da ANS 2023 – 2025Temas Regulatórios: são os temas para os quais a ANS pretende realizar Análise de Impacto Regulatório (AIR) durante o período de vigência da Agenda. A AIR consiste em um processo sistemático de análise baseado em evidências, que busca avaliar, a partir da definição de um problema regulatório, os possíveis impactos das ações para o alcance dos objetivos pretendidos. O objetivo é orientar e subsidiar a tomada de decisão. É importante destacar que não há obrigatoriedade de que todos os temas contidos na Agenda Regulatória sejam finalizados, durante a sua vigência, com a publicação de ato normativo.Agenda de Avaliação de Resultado Regulatório (ARR): trata-se de um conjunto de avaliações de resultado regulatório (ARRs) que a Agência pretende realizar durante o período de vigência da Agenda. A ARR consiste na verificação dos efeitos decorrentes da edição de ato normativo, considerando o alcance dos objetivos originalmente pretendidos e os demais impactos observados sobre o mercado e a sociedade, em decorrência de sua implementação.Desenvolvimento de estudos preliminares: nesta seção, a Agência apresenta assuntos que serão estudados durante o período de vigência da Agenda. Embora ainda não tenham maturidade para a elaboração de AIR, a ANS se propõe a aprofundar a temática e conceder transparência de seus resultados.Acesse aqui os temas propostos pela ANS em cada seção.Fonte: https://www.revistacobertura.com.br/noticias/saude-e-odonto-noticias/ans-define-agenda-regulatoria-para-o-periodo-2023-2025/
Planos de saúde de assistência médica já têm mais de 50 milhões de beneficiários
Os dados de beneficiários de planos de saúde referentes ao mês de setembro de 2022 já estão disponíveis na Sala de Situação, ferramenta de consulta do portal da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). No período, o setor ultrapassou a marca de 50 milhões de beneficiários, com 50.199.241 de usuários em planos de assistência médica. Já os planos exclusivamente odontológicos registraram 30.527.249 usuários. Nos planos médico-hospitalares, em um ano, houve crescimento de 1.645.247 beneficiários em relação a setembro de 2021. No comparativo de setembro de 2022 com agosto de 2022, o crescimento foi de 210.050 usuários. No caso dos planos exclusivamente odontológicos, somaram-se 2.148.410 beneficiários em um ano; e 212.523 na comparação de setembro de 2022 com agosto de 2022. Nos estados, no comparativo com setembro de 2021, o setor registrou evolução de beneficiários em planos de assistência médica em 24 unidades federativas, sendo São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro os que tiveram o maior ganho em números absolutos. Entre os odontológicos, 26 unidades federativas registraram crescimento no comparativo anual, sendo também que São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, os estados com maior crescimento em números absolutos. Importante destacar que os números podem sofrer alterações retroativas em razão das revisões efetuadas mensalmente pelas operadoras. Veja nas tabelas abaixo a evolução de beneficiários por tipo de contratação do plano e por UF em diferentes competências. Número de beneficiários com planos de assistência médica por tipo de contratação Número de beneficiários com planos Exclusivamente Odontológico por tipo de contratação Número de beneficiários por UF Fonte: https://www.gov.br/ans/pt-br/assuntos/noticias/sobre-ans/planos-de-saude-de-assistencia-medica-ja-tem-mais-de-50-milhoes-de-beneficiarios
CONFIRA AS DICAS COMO DECLARAR SEU PLANO DE SAÚDE NO IMPOSTO DE RENDA

O plano de saúde sempre traz dúvidas quanto à forma correta de preenchimento no IR—————————————————————————————————————————-Na declaração completa é importante ficar atento a todas as deduções permitidas para preenchimento correto e evitar cair na malha fina, principalmente com itens em saúde. Assim para declarar seu plano de saúde sem sustos, é necessário informar o nome da operadora, o tipo de plano (individual, familiar, coletivo empresarial e adesão) e o valor pago no ano. Confira abaixo nosso book com resumo das principais dúvidas respondidas pelo nosso time de pós-vendas e concierge da Brazil Health. E-Book para dicas do IR 2022 Em caso de dúvidas contem com nosso time no e-mail relacionamento@brazilhealth.com.br ou Pabx 11.3777.5000 WWW.BRAZILHEALTH.COM.BR
Planos de saúde preveem reajuste maior do que 15% após relatarem gasto médico recorde

Dados de despesas das operadoras indicam corrida por consultas e exames em 2021, após meses de procedimentos represados por causa da quarentena imposta pela pandemia Na expectativa da divulgação do índice de reajuste dos planos de saúde individuais e familiares pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), operadoras preveem reajuste acima de 15% após relatarem gasto médico-hospitalar recorde. Ao aplicar a mesma fórmula de cálculo utilizada pela ANS, entidades representativas das empresas chegaram a valores semelhantes. A Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) estima que a agência autorize um reajuste de 15,7%. A Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge) chegou ao índice de 15,8%. Um dos principais motivos para a previsão é o aumento dos custos médico-hospitalares, reportado pelas operadoras. No total, o Brasil tem aproximadamente 49 milhões de beneficiários de planos de saúde. Segundo o mais recente estudo do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), obtido com exclusividade pelo Estadão, a variação de custos médico-hospitalares (VCMH) das operadoras foi de 27,7% nos 12 meses encerrados em setembro de 2021. Trata-se de um recorde na série histórica iniciada em 2007. Antes disso, a maior alta (20,4%) havia ocorrido entre 2015 e 2016, quando o Brasil mergulhou em uma crise econômica. No início da pandemia da covid-19 e do isolamento social, as pessoas deixaram de ir a médicos e hospitais e adiaram exames mais caros e cirurgias eletivas (não urgentes). Com isso, as despesas dos planos de saúde despencaram. Em setembro de 2020, a VCMH apurada pelo IESS foi negativa pela primeira vez (-3,6%). “Muita gente adiou coisas que não deveriam ter sido postergadas, como o diagnóstico e o tratamento do câncer. Com a progressão da doença, os custos aumentaram”, afirma José Cechin, superintendente executivo do IESS. As despesas das operadoras voltaram a crescer em março de 2021. Com o avanço da vacinação e o aumento da sensação de segurança, as pessoas deixaram de evitar consultórios médicos e hospitais. “A variação das despesas foi rápida e intensa, principalmente entre junho e setembro de 2021”, diz ele. Na composição dos custos com assistência à saúde, as internações tiveram o maior peso (63%). Em seguida, vieram as terapias (13%), os exames (11%), outros serviços ambulatoriais (7%) e as consultas (6%). Em todos os itens, houve aumento nas despesas per capita entre setembro de 2020 e setembro de 2021. Ele foi mais acentuado na categoria outros serviços ambulatoriais, que registrou crescimento de 38% nas despesas. “Uma das hipóteses de aumento nesse item foi a grande procura por serviços como fisioterapia, fonoaudiologia, psicoterapia por pessoas que tiveram covid longa”, diz Cechin . Como funciona o cálculo da ANS No estudo do IESS, foram analisadas apenas as despesas de uma amostra de 688,9 mil beneficiários, a maior parte (36,9%) com idade de 59 anos ou mais. Para definir o reajuste das mensalidades, a ANS considera também outros fatores. O cálculo combina o índice de valor das despesas assistenciais (IVDA) com a inflação pelo índice de preços ao consumidor amplo (IPCA), retirando desse último o subitem plano de saúde. Na fórmula, o IVDA tem peso de 80% e o IPCA, de 20%. Em nota, a ANS informou que o percentual máximo de reajuste a ser autorizado para os planos individuais ou familiares está sendo calculado e será divulgado após conclusão dos cálculos e manifestação do Ministério da Economia. Segundo a agência, não há data definida para a divulgação. Em anos anteriores, a definição ocorreu em maio. No ano passado, o índice só foi anunciado em julho. “Esperamos que a ANS siga a fórmula que ela mesma inventou. Haverá reclamações porque as rendas das pessoas não têm crescido de acordo com a inflação, mas o reajuste dos planos de saúde será alto porque as despesas assistenciais das operadoras cresceram”, afirma Cechin. Segundo Mario Scheffer, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e blogueiro do Estadão, um aumento elevado dos planos individuais seria totalmente incompatível com a crise econômica e sanitária atual. “É um absurdo, ainda mais depois de um período em que as operadoras lucraram muito, com aumento de clientes, e baixa utilização durante a pandemia”, afirma Scheffer. “A ANS permite reajustes baseados em dados superestimados pelas operadoras, sem justificativa técnica transparente. Há inconsistências na forma como as operadoras justificam o reajuste e a agência é conivente com isso”, diz. “Ela (a agência) aceita o que vai ser o maior aumento das mensalidades dos planos individuais em mais de 20 anos. Além disso, continua não controlando nem fiscalizando os reajustes dos planos coletivos”, acrescenta o professor da USP. A agência só define o valor do rejuste dos planos individuais ou familiares. E não há limite de reajuste aos planos coletivos empresariais nem aos coletivos por adesão. O valor do aumento para esses casos é negociado entre as empresas e as operadoras de saúde. ANS tinha outra fórmula de cálculo antes de 2019 Em um contexto de inflação alta e encarecimento geral de produtos e serviços, os consumidores temem não conseguir arcar com mais gastos com o plano de saúde. “A possibilidade de um reajuste alto tem preocupado os consumidores porque chega neste momento muito ruim, com alta do gás, da energia e do supermercado”, afirma Ana Carolina Navarette, coordenadora do Programa de Saúde do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec). “É preciso lembrar que as estimativas das empresas do setor costumam superar o reajuste autorizado pela ANS”, diz ela. “No ano passado, os cálculos das operadoras ficaram em torno de 2% e o índice da agência foi negativo (-8,19%)”. Segundo Ana Carolina, a atual fórmula de cálculo é mais favorável aos clientes do que a adotada pela agência antes de 2019. “Ela é mais transparente, adota dados auditáveis e tem produzido reajustes mais baixos, historicamente”, afirma ela. “O primeiro reajuste com a nova metodologia foi de 7,35%. Os aumentos autorizados nos anos anteriores foram de 10% (2018) e 13,55% (2017)”, salienta. Checar possibilidades de migração é alternativa para clientes Caso a ANS defina um percentual elevado e o cliente não consiga mais arcar com essa despesa, Ana Carolina recomenda que o consumidor tente
Usuário também tem um papel a cumprir dentro do plano de saúde

Você já parou para pensar que pode estar usando o seu convênio de forma errada e que isso influencia todo o sistema de saúde? É comum ver por aí pessoas que enxergam o plano como um shopping de especialidades e exames. Só que essa percepção e uso estão longe de ser o melhor para o paciente.Pior: tal modelo gera um volume desnecessário de testes e intervenções, que, além de sobrecarregar a operadora, vai, no final, elevar as despesas do usuário e, o principal, nem sempre irá resolver a vida dele. Então como utilizar um plano de forma consciente e efetiva?O primeiro e mais importante ponto: tenha sempre um médico de confiança para acompanhar você e seu histórico clínico. Quando somos atendidos por um profissional diferente a cada consulta, perdemos a chance de ter um monitoramento preventivo. Isso nos expõe, ainda, a um maior número de atendimentos e exames que, muitas vezes, não otimizam o diagnóstico ou o tratamento.A pandemia movimentou o mercado de saúde e vem gerando soluções que facilitam o acesso, com qualidade e custo-benefício, a modelos de assistência que se pautam pelo conceito de prevenção. É a proposta de healthtechs que trabalham com operadoras para a reeducação e cuidados com os brasileiros por meio da rede de atenção primária à saúde.Esse modelo propõe uma abordagem integrada ao paciente com base em equipes multidisciplinares e contando com médicos de família, enfermeiros, nutricionistas, psicólogos, entre outros profissionais que trabalham para acompanhar e melhorar a saúde física e mental de cada indivíduo. É uma forma efetiva de avaliar as reais necessidades do paciente e direcionar os cuidados adequados. O médico que conhece a história dele e é o primeiro contato para eventuais queixas resolve 85% das situações.Na Amparo Saúde, startup que coordeno e atua desde 2017 com as maiores operadoras, temos visto resultados expressivos desse protocolo, tanto em desfechos clínicos e qualidade da assistência ao paciente como na redução do desperdício de recursos.Outra questão importante que os usuários devem ter em mente é a ida ao pronto-socorro. Devemos considerá-lo um local de atendimento para situações de descontrole de sintomas e risco de vida. No mais, o ideal é manter o contato e a rotina de consultas com o médico da família ou o clínico geral, por exemplo. Ir por qualquer motivo ao PS só sobrecarrega os hospitais e, de novo, nem sempre vai solucionar seu problema.Mais um fator que reduz a eficiência do sistema é o reembolso. Sempre que possível, opte por médicos credenciados, pois isso tem um grande impacto nos custos. E lembre-se: se for consultar um novo profissional, leve os exames anteriores.A forma mais saudável de usar os planos de saúde é, sem dúvida, aquela que se ampara na assistência primária à saúde e conta com a responsabilidade do usuário tanto em relação ao seu bem-estar como ao sistema como um todo. O cuidado coordenado, aliado à tecnologia e à consciência das pessoas, é o modelo em que todos ganham.
Câmara aprova MP que obriga planos de saúde a cobrirem remédios orais contra câncer

Texto precisa ser avaliado pela Agência Nacional de Saúde (ANS) em até 180 dias. Medida Provisória segue para análise do Senado.A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (14) uma medida provisória (MP) que torna obrigatória a cobertura, pelos planos de saúde, de remédios de uso oral contra o câncer. Texto segue para análise do Senado. Uma medida provisória tem eficácia imediata, assim que é editada pelo Executivo, e precisa ser aprovada pelo Congresso em até 120 dias. Esta proposta tem validade até o dia 10 de fevereiro de 2022. Pelo texto aprovado pelos deputados nesta terça-feira (14), é “obrigatória” a cobertura de tratamentos antineoplásicos (contra o câncer) domiciliares de uso oral, inclusive medicamentos para o controle de efeitos adversos relacionados ao tratamento, além de remédios ambulatoriais e procedimentos radioterápicos para tratamento de câncer e hemoterapia. Esse dispositivo não estava na MP enviada pelo governo e foi incluído pela relatora da matéria na Câmara, deputada Silvia Cristina (PDT-RO). A obrigatoriedade depende de prescrição médica, do registro na Anvisa e da inclusão do medicamento pela ANS no rol de procedimentos e eventos em saúde suplementar — o que precisa ser feito em até 180 dias (veja mais abaixo). “Apesar de o registro de medicamentos pela Anvisa ser muito relevante, pois indica que esses produtos têm evidências clínicas de segurança e eficácia, para a sua concessão não se leva em conta a utilização do medicamento na vida real (efetividade), nem o impacto financeiro da inclusão desses medicamentos nos custos do plano e o reflexo desse impacto nas mensalidades, que, nos contratos novos, podem ser reajustadas anualmente”, afirmou a relatora no parecer. “É importante apontar que a ANS, ao avaliar a incorporação de um medicamento, não só analisa se ele é seguro e eficaz, mas também afere se ele promove ganho terapêutico em relação às alternativas já disponibilizadas para a mesma indicação clínica.”, disse a parlamentar. A MP também estabelece um prazo para a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) analisar novos tratamentos a serem pagos pelos planos. O projeto dá prioridade às análises pela ANS dos remédios orais contra o câncer e de medicamentos ambulatoriais e procedimentos radioterápicos para tratamento de câncer e hemoterapia. Ainda pela proposta, os remédios devem ser fornecidos em até 10 dias após prescrição médica diretamente ao paciente ou ao seu representante legal. A entrega pode ser feita de forma fracionada por ciclo e é obrigatória a comprovação de que o paciente recebeu orientações sobre uso, conservação e descarte do remédio. Projeto vetadoA MP aprovada nesta terça-feira(14) foi editada após o governo vetar, em julho, um projeto que facilitaria o acesso a remédios orais contra câncer por meio dos planos de saúde. O texto vetado dispensava a exigência de inclusão do medicamento nos protocolos da ANS, e determinava que o plano de saúde teria que fornecer o tratamento apenas com o registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Além disso, o texto estabelecia que, após a prescrição médica, o remédio seria disponibilizado em até 48 horas ao paciente, prazo menor do que os 10 dias da nova medida. A análise deste veto pode ocorrer ainda nesta semana pelo Congresso, que pode derrubá-lo ou não. O autor do projeto vetado, o senador Reguffe (PODE-DF) critica as mudanças feitas na MP — que aumentam o período de entrega dos medicamentos em relação ao projeto e mantém a exigência de registro feito pela ANS. “Não há acordo em relação à MP. Ela é um engodo. Não resolve a situação dos pacientes. Seis meses de espera por uma medicação é muito tempo”, afirmou. Prazo para ANSSegundo a MP, a ANS deve concluir o processo administrativo necessário para a atualização do rol de procedimentos e eventos em saúde em até 120 dias. O prazo pode ser prorrogado por mais 60 dias, “quando as circunstâncias exigirem”. Caso a agência não se manifeste no período, o medicamento ou o tratamento será automaticamente incluído na lista de cobertura. A proposta aprovada pelos deputados determina, ainda, prazo de 60 dias para que tecnologias recomendadas pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), cuja decisão de incorporação ao SUS já tenha sido publicada, sejam incluídas no rol de procedimentos e eventos em saúde suplementar. O prazo era menor na MP enviada pelo governo, de 30 dias. ComissãoA proposta cria também a Comissão de Atualização do Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde Suplementar, que deve assessorar a ANS na elaboração de normas sobre coberturas dos planos de saúde. Segundo o texto, o colegiado deve apresentar relatórios com: evidências científicas sobre a eficácia, a acurácia, a efetividade e a segurança do medicamento, do produto ou do procedimento analisado, reconhecidas pelo órgão competente para o registro ou a para a autorização de uso;avaliação econômica comparativa dos benefícios e dos custos em relação às coberturas já previstas no rol de procedimentos e eventos em saúde suplementar;a análise de impacto financeiro da ampliação da cobertura no âmbito da saúde suplementar.O funcionamento e a composição do colegiado serão definidos em regulamento, mas entre seus membros deverá ter a participação de: • um representante indicado pelo Conselho Federal de Medicina;• um representante da Sociedade de Especialidade médica, conforme a área terapêutica ou o uso da tecnologia a ser analisada, indicado pela Associação Médica Brasileira;• um representante de entidade representativa de consumidores de planos de saúde;• um representante de entidade representativa dos prestadores de serviços na Saúde Suplementar;• um representante de entidade representativa das operadoras de planos privados de assistência à saúde;• representantes de áreas de atuação profissional da saúde relacionadas ao evento ou procedimento sob análise. Fonte por Elisa Clavery e Luiz Felipe Barbiéri, g1 e TV Globo — Brasília14/12/2021 17h55
Planos terão que autorizar teste de covid de forma imediata, determina ANS

Após mais de um ano de pandemia, a ANS alterou as normas para realização de exames RT-PCR, utilizados para o diagnóstico da covid-19. Antes da mudança, os planos de saúde poderiam demorar até três dias úteis para garantir o atendimento aos beneficiários. Veja.
Imposto de Renda: Saiba como declarar o plano de saúde sem cair na malha fina

É possível deduzir do Imposto de Renda despesas de saúde feitas pelo contribuinte consigo ou com seus dependentes, como mensalidades do plano, consultas médicas e coparticipação.
ANS atualiza rol cobertura obrigatória de planos de saúde; Veja o que foi incluído

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) aprovou nesta quarta-feira (dia 24) um novo rol de procedimentos de cobertura obrigatória por parte dos planos de saúde. Veja a relação!
O que as empresas aprenderam sobre saúde emocional em 2020?

Não é à toa que muitos negócios vêm investindo em uma área específica voltada para o wellbeing ou saúde emocional Assim como escancarou os abismos de desigualdade social, obstáculos geográficos, econômicos e questões de saúde pública, 2020 também colocou uma lupa na real situação em que nos encontramos quando o assunto é saúde emocional, um dos principais, senão o maior desafio de nossa era. Há mais de quatro anos trabalhando ao lado de empresas e pessoas na democratização do acesso ao tratamento e desenvolvimento pessoal no tema, hoje ficou ainda mais claro o papel das organizações nesse contexto. Se pararmos para analisar, além de estar presente na maior parte da rotina de vida de qualquer pessoa, o trabalho pode ser causa de muitos problemas emocionais, mas também é porta de entrada para levar essa discussão adiante para outras esferas da vida. E as empresas começam a ocupar esse espaço. Nesse contexto, vejo dois pontos muito importantes que fazem parte de um mesmo movimento que felizmente começa a ganhar fôlego. Em muitos momentos, as empresas foram vistas como vilãs da saúde emocional ou mesmo tinham esse tema como um tabu, algo que é realmente complexo de se tratar no ambiente corporativo. A verdade é que mais que a sua responsabilidade corporativa, a discussão e o papel das organizações nesse processo é algo que vejo como orgânico, já que todos que compõem aquela empresa precisam trabalhar seus relacionamentos para construir um ambiente mais saudável e próspero. Não é à toa que muitos negócios vêm investindo em uma área específica voltada para o wellbeing ou saúde emocional, separando essa responsabilidade do Recursos Humanos, como é o caso de grandes empresas como a Ambev. Outro ponto importante desse progresso diz respeito a uma visão mais ampla da saúde emocional. Especialmente em um contexto de pandemia, é claro que o olhar para as doenças e transtornos são uma preocupação prioritária. No entanto, há mais a se evoluir no que diz respeito ao desenvolvimento socioemocional de um colaborador ou líder, por exemplo. A forma como nos relacionamos, as tomadas de decisões, a comunicação e a resiliência são questões que podem ser trabalhadas em uma jornada de desenvolvimento e que, com toda certeza, vão influenciar na forma como uma empresa posiciona-se e em seu desempenho. Uma pesquisa da Mercer Marsh mostrou que um profissional perde, em média, sete horas semanais por estar vivenciando problemas emocionais, sendo estresse e depressão responsáveis por 67% dos “agressores” da produtividade. A cada geração, a preocupação com benefícios de saúde mental nas empresas cresce em grande porcentagem, sendo ponto crítico ou muito relevante para 70% dos profissionais da geração Z ao avaliar um empregador. Isso nos mostra o peso dos ambientes saudáveis na cultura organizacional, tendo efeitos diretos na produtividade e também na atração e retenção de talentos. Vejo esse momento como uma revolução no mercado de trabalho e que tem encontrado na tecnologia um grande desafio, mas também uma grande aliada para o desenvolvimento de projetos voltados para a democratização do acesso à saúde emocional. Entendo que, da mesma forma que contamos hoje com um sistema de apoio consistente para a saúde, também é preciso desenvolver uma estrutura de apoio ao emocional que vai além da terapia, mas que possa nos apoiar em todos os pontos da vida, nos auxiliando para o progresso contínuo como seres humanos. Desenvolver habilidades emocionais e comportamentais é um fator chave para a competitividade empresarial, e, felizmente, as organizações perceberam essa tendência. Fonte: https://www.mundorh.com.br/o-que-as-empresas-aprenderam-sobre-saude-emocional-em-2020/